Peso na gravidez pode ter relação com obesidade do bebê

15 de Abril de 2014

gravidez-20130111-size-598Ganhar quilos acima ou abaixo do recomendado na gestação aumenta o risco de gerar um bebê que futuramente tenha sobrepeso ou obesidade. O dado é de um estudo feito pelo Centro de Pesquisa de Saúde Kaiser Permanente, publicado nesta segunda-feira no periódico American Journal of Obstetrics and Gynecology.

Os autores da pesquisa adotaram as diretrizes do Instituto de Medicina, uma entidade de saúde americana sem fins lucrativos, para ganho de peso na gravidez. A recomendação é de 5 a 9 quilos extras para grávidas obesas (IMC 30 ou maior), 7 a 11 quilos para aquelas com sobrepeso (IMC 25 a 29), 11 a 15 quilos para mulheres com peso normal (IMC 18.5 a 25) e 12 a 18 quilos para gestantes com baixo peso (IMC menor que 18.5). O cálculo do IMC é feito dividindo-se o peso pela altura ao quadrado.

Em um dos maiores estudos a avaliar a relação entre ganho de peso na gravidez e obesidade infantil, os pesquisadores revisaram dados de 4 145 mulheres que responderam a um questionário de 2007 a 2009, logo após dar à luz. Os cientistas revisaram também o histórico médico das crianças que nasceram, quando elas tinham de 2 a 5 anos.

A pesquisa revelou que, entre todas as mulheres que ganharam mais peso que o recomendado, 20,4% tiveram filhos obesos ou com sobrepeso, comparadas a 19,5% das que ganharam menos que o sugerido e 14,5% das que obedeceram as diretrizes. Além disso, mulheres com IMC normal que engordaram abaixo do recomendado tinham 63% mais risco de ter um filho que se tornaria obeso ou com sobrepeso. O risco foi 80% maior entre as que ganharam quilos além do estabelecido.

“A forte associação que encontramos entre grávidas de peso normal que ganharam quilos demais ou de menos indica que, talvez, a gestação tenha um impacto na criança que independe dos fatores genéticos”, afirma Monique Hedderson, líder da pesquisa. “Engordar acima ou abaixo do recomendado na gravidez pode afetar permanentemente os mecanismos que regulam o equilíbrio de energia e o metabolismo da criança, como o apetite e o gasto energético.”

Fonte: Veja.


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