37 mil jovens podem perder a vida até 2016

14 de dezembro de 2012

37 mil jovens podem perder a vida até 2016O Nordeste tem a situação mais grave, tendo crescimento de 59%

O País poderá perder 37 mil adolescentes entre 12 e 18 anos de idade, vítimas de assassinatos até 2016. A projeção é com base no Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), levantamento da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em parceira com o Unicef. A pesquisa identifica o risco de morte entre os jovens a cada ano, desde 2005. De acordo com o estudo, ao todo, 45% das mortes de adolescentes no Brasil foram causadas por assassínios em 2010, o mais recente ano de apuração.
 
O índice revela que três em cada mil jovens com 12 anos deixarão de atingir os 19 anos de idade. A taxa registrada em 2010, de 2,98 jovens entre cada mil, representa um crescimento de 14% em relação a 2009. Os mais afetados são os adolescentes negros do sexo masculino, com cerca de três vezes mais risco do que os adolescentes brancos.
 
A maior parte desses assassinatos é causada por armas de fogo, com risco cinco vezes maior em relação a outros meios. “A violência persegue a desigualdade”, afirmou Helena Oliveira de Souza, pesquisadora do Unicef. Segundo ela, o racismo e as desigualdades de gênero e renda são determinantes para o aumento no índice de homicídios. “É preciso rever políticas baseadas apenas na segurança pública e na repressão, para que um ambiente de vulnerabilidade seja transformado em oportunidades”, declarou.
 
O estudo analisou dados do Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 260 municípios com mais de 100 mil habitantes. A pesquisa foi preparada pelo Laboratório de Análise da Violência (LAV) da UFRJ em parceria, além do Unicef, com a Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, e o Observatório de Favelas, uma organização não governamental (ONG) do Rio de Janeiro.
 
A situação mais grave está no Nordeste, que registrou crescimento de 59% de aumento no risco de mortes entre 2005 e 2010. Entre as dez cidades com maior risco de homicídios entre os jovens, cinco estão na região. Itabuna, no Sul da Bahia, é a cidade com maior IHA do País, com 10,59 jovens com risco de homicídios para cada mil adolescentes. Entre as capitais, Maceió apresentou o pior desempenho, com índice de 10,15 jovens mortos para cada mil adolescentes, seguida por Salvador, com 8,56. No Sudeste a taxa registrada ficou em dois jovens mortos a cada mil. No Rio de Janeiro, 12º colocado no ranking nacional, a taxa é de 3,32. (das agências de notícias)
 
 
ENTENDA A NOTÍCIA
 
Com base em dados oficiais, o estudo do Unicef e da UFRJ analisou dados do Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 260 municípios com mais de 100 mil habitantes.
 
Fonte: O Povo


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