Alerta: Até 2013, mais de 6 mil mulheres terão cancer

8 de Março de 2012

Hoje, os principais carcinomas que atingem e vitimam pessoas do sexo feminino são mama, útero e ovário

A mulher possui características somente suas, dentre elas estão a gestação e a amamentação. Por essas e outras peculiaridades, elas recebem atenção especial de várias áreas, principalmente da saúde.

A prevenção e o combate de certas doenças, especialmente o câncer, é luta constante de todos. Hoje, os principais carcinomas que atingem e vitimam as mulheres são na mama, colo e corpo do útero e ovário. Para se ter uma ideia, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que, em 2012, 6.670 novas mulheres cearenses tenham a doença até o ano que vem.

Apesar de o câncer de mama ser o que mais as acomete, o de colo de útero é o mais preocupante para a comunidade médica. O oncoginecologista do Hospital Haroldo Juaçaba, Marnewton Pinheiro, explica que as baixas condições socioculturais e econômicas são os principais motivos da incidência. “Nos países mais industrializados, esse carcinoma não entra mais nem na lista de incidência. Mas, aqui no Brasil, ele é o segundo mais comum, principalmente nas comunidades mais carentes”, pontua.

Ele diz, ainda, que essas condições contribuem para dificultar o acesso dessa população ao profissional e, assim, retarda o diagnóstico. Além disso, o médico acrescenta que esse tipo de carcinoma está extremamente ligado aos vírus do papiloma humano (HPV). “É um câncer sexualmente transmissível, e fácil de se prevenir usando camisinha. Fora isso temos, hoje, a vacina contra o HPV, que é 100% eficiente, mas que ainda não está disponível no calendário do Governo. Por isso a necessidade de programas mais consistentes e duradouros, em vez de campanhas pontuais”, destaca.

 

Fora o trabalho de conscientização da população, o médico aponta também a necessidade de desburocratizar o atendimento na rede de saúde pública como forma de dar celeridade ao tratamento.

 

“A paciente do Sistema Único de Saúde (SUS) demora, em média, seis meses para chegar até o atendimento especializado. Ou seja, da chegada dela ao atendimento primário até conseguir ser tratada por nós é uma eternidade, o que compromete o tratamento. São muitos os entraves. A dificuldade para ser atendida, a burocracia para ser encaminhada e a ausência de médicos no Interior são fatores que resultam nessa lentidão”, diz Pinheiro.

Fonte: Diário do Nordeste


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