Brasil terá mais de 576 mil novos casos de câncer em 2014

28 de novembro de 2013

769fe1184378e5e41e72162d5dcec84dEstimativa divulgada ontem (27) pelo Ministério da Saúde aponta que o Brasil deverá ter 576.580 novos casos de câncer em 2014. O estudo é feito pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) com base nos registros de casos e mortalidade.

A estimativa é divulgada a cada dois anos. A anterior, de 2011, apontava para 519 mil casos em 2012 – os dados de quantos ocorreram não estão consolidados. Do total de casos esperados em 2014, 182 mil são de tumor de pele não melanoma, o mais comum entre homens e mulheres e geralmente de baixa letalidade.

Com exceção desse tumor, o câncer mais frequente entre as mulheres continua sendo o de mama – apenas no Norte, o câncer de colo do útero lidera entre os casos esperados.

Diferentemente dos estudos anteriores, o levantamento de 2013 indica que, entre as mulheres, os casos de câncer de cólon e reto vão ultrapassar os de colo do útero e assumir a segunda posição entre os mais comuns.

“Decidimos criar uma reunião com o comitê de especialistas para ver se não está na hora de o Brasil adotar medidas de rastreamento mais precoce do intestino baixo. Vamos discutir com especialistas a possibilidade de o Brasil adotar campanhas específicas”, disse o ministro Alexandre Padilha (Saúde).

Segundo Cláudio Noronha, coordenador de prevenção e vigilância do Inca, alguns países, como Inglaterra e Finlândia, adotam o rastreamento precoce desse tipo de câncer. Uma das maneiras, diz ele, é por meio de um exame que busca sangue nas fezes. A partir dele, é necessário fazer exames mais complexos, como a colonoscopia.

Próstata

Já entre os homens, com exceção do tumor de pele não melanoma, o câncer de próstata continua no topo do ranking. Em seguida, vêm o câncer de traqueia, brônquio e pulmão e o de cólon e reto. “O câncer cresce no Brasil seguindo uma tendência internacional, influenciado pelo envelhecimento da população. Outros fatores de risco também são importantes, e o principal deles é o tabagismo”, diz Noronha.

Fonte: Diário do Nordeste.


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