Conheça as doenças que mais matam as mulheres brasileiras e previna-se!
8 de Março de 2013
As doenças crônicas não transmissíveis constituem a principal causa de mortes no mundo, entre elas derrame, infarto e diabetes. No entanto, na última década, observou-se uma redução de aproximadamente 20% nas taxas de mortalidade por essas doenças no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. Confira o ranking das doenças que mais matam as mulheres e aprenda como se prevenir:
Popularmente conhecido como derrame, o acidente vascular cerebral (AVC) é a primeira causa de morte e incapacidade no Brasil. A pressão alta é o principal fator de risco para a doença, ou seja, hipertensos têm quatro vezes mais chances de sofrer um derrame. “As mulheres que fumam e tomam anticoncepcionais têm risco aumentado de AVC em relação às que levam uma vida saudável”, alerta o cardiologista dr. Otavio Gebara, diretor de Cardiologia do Hospital Santa Paula, em São Paulo. O médico cita como sintomas da doença sensação de adormecimento de um lado do corpo, perda parcial e súbita da visão e tontura.
A melhor forma de prevenir o AVC é mudar hábitos de vida, como controlar o consumo de sal, açúcar e gorduras,praticar atividade física, manter o peso corporal e abandonar o cigarro. Além disso, o cardiologista dr. Marcelo Cantarelli, da SBHCI (Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista), acrescenta a importância de tratar os fatores de risco. “Mulheres hipertensas, diabéticas, com sobrepeso ou obesidade e dislipidemia devem ter cuidado redobrado, pois essas doenças potencializam o risco de AVC”.
O infarto ocupa o segundo lugar na lista das doenças que mais matam as brasileiras. Entre os fatores de risco, o dr. Gebara cita hipertensão, diabetes, tabagismo e colesterol. “Após a menopausa, a chance de infarto aumenta drasticamente”. O médico também alerta para os sintomas do quadro, entre eles, “dor forte no peito, náuseas, vômito, mal-estar, suor frio e tontura”. Como as mulheres costumam ser mais tolerantes à dor, muitas vezes esses sinais são ignorados. “E a mortalidade está diretamente relacionada ao tempo de atendimento”, completa o dr. Cantarelli.
Praticar atividade física regular, manter o colesterol em um nível saudável, controlar a pressão arterial, o estresse e o peso são atitudes que protegem o coração. Como a incidência de infarto tem aumentado nas mulheres mais jovens, especialmente por causa do cigarro, é fundamental largar o vício. Segundo o cardiologista dr. Gebara, as doenças cardíacas matam seis vezes mais a população feminina que o câncer de mama. “Após os 30 anos é fundamental que as mulheres façam check-up anualmente”, orienta o cardiologista da SBHCI.
O diabetes tipo 2 é uma doença crônica que cresce de forma desenfreada no mundo, especialmente por causa do aumento da obesidade e do sedentarismo. Por ser uma doença silenciosa, ou seja, não há sintomas, a mulher costuma demorar em procurar o médico para confirmar o diagnóstico. Entre os sinais mais comuns da doença, estão sede excessiva, perda de peso, fome exagerada, vontade de urinar muitas vezes, difícil cicatrização de feridas, visão embaçada e cansaço.
Uma vez diagnosticado o diabetes não tem cura, mas é possível controlar a glicemia com alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos, medicamento — o mais comum é a metformina —, manutenção do peso ideal, abandono do cigarro e controle do estresse. “Se a doença não for tratada, a mulher desenvolve uma série de complicações, como infarto, cegueira, lesões renais entre outros”, adverte o dr. Cantarelli.
A pneumonia é uma doença que mata mais crianças menores de cinco anos e idosos. A doença é transmitida por bactérias, vírus ou fungos e tem como principais sintomas tosse, febre, dor no tórax e dificuldade para respirar. Nos meses de inverno, com a temperatura mais baixa, os casos de pneumonia aumentam cerca de 30%.
A melhor forma de prevenir a pneumonia é manter hábitos de vida saudáveis. Como o álcool pode interferir no sistema imunológico e na capacidade de defesa do aparelho respiratório, a recomendação é beber com moderação. Ar-condicionado, resfriados mal curados e mudanças bruscas de temperatura também contribuem para o aparecimento da doença.
A pressão alta (hipertensão) acomete 30% da população brasileira, mas estima-se que metade dos hipertensos não trate a doença adequadamente. Por ser assintomática, a maneira mais fácil de confirmar o diagnóstico é medindo a pressão. O valor ideal tanto para homens como mulheres é de 12 por 8.
Mulheres hipertensas têm mais risco de morrer por infarto, AVC, aneurisma da aorta e insuficiência renal. Para controlar a doença, os cardiologistas aconselham uma dieta pobre em sódio, prática regular de exercícios físicos, principalmente o aeróbio, manutenção do peso e controle do estresse.
Fonte: R7