Decisão da Anvisa sobre próteses de silicone gera críticas no Ceará

22 de Março de 2012

anvisaPresidente da SBCP-CE afirma que há pacientes que não podem esperar muito tempo por padronização da Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, ontem, resolução que suspende as importações de próteses mamárias de silicone no País. O órgão também proibiu a venda dos implantes fabricados no Brasil.

A medida, que é temporária e começa a vigorar a partir de hoje, será expandida até que o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) registre as novas normas de avaliação de qualidade do produto. Um portaria definitiva para a certificação das próteses deve ser publicada até o próximo dia 31 de março.

No Estado, conforme os dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Regional Ceará, as cirurgias de colocação de mamas são líder entre as intervenções plásticas, superando, inclusive, a lipoaspiração. E é com base nesta constatação que o presidente da SBCP-CE, Paulo Régis Teixeira, vê um problema na resolução da Anvisa.

“Existe um contra-tempo muito grande com essa medida. Nós temos paciente que faz reconstrução de mama por ter câncer de mama e não pode ficar sem a prótese. Vai se adiar essa cirurgia até se padronizar isso? Não tem sentido! Vamos aguardar qual será a atitude que a SBCP poderá tomar”, afirmou o cirurgião plástico, Paulo Régis.

Segundo o médico, hoje, no Ceará, 21% das cirurgias plásticas e estéticas realizadas são de implante mamário. O cirurgião destaca que a Anvisa quer padronizar o que já deveria ter feito. “Ela liberou as próteses das empresas que ocasionaram problemas porque não existia fiscalização, mas agora corre atrás”.

As novas regras foram aprovadas depois do escândalo envolvendo as marcas francesa Poly Implant Prothese (PIP) e holandesa Rofil, acusadas de usar silicone inapropriado, aumentando o risco de o implante romper ou vazar e provocar problemas de saúde. A partir de agora, as próteses terão de passar por testes de laboratórios brasileiros para checar a resistência e composição do silicone usado e exames biológicos. Além disso, os fabricantes serão inspecionados.

Fonte: Diário do Nordeste


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