Em 2012: 4,3 mil casos de dengue no CE

18 de Abril de 2012

A área da Capital com maior número de ocorrências é a da SER III, com 573 registros, cerca de 24% do total

Apesar de não chegar nem perto da maior epidemia de dengue da história do Ceará, a de 2011, neste ano, já foram registrados 4.342 casos até o dia 13 de abril. Em igual período do ano passado, foram 25.282 ocorrências. Somente no mês de janeiro de 2011, o Estado teve 4.702 registros da doença.

Em Fortaleza, até o dia 14 de abril de 2012, foram confirmados 2.379 casos da doença, de acordo com dados do Boletim Epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa). A área da Capital com maior número de ocorrências é a da Secretaria Executiva Regional III (SER III), onde existem 573 casos, cerca de 24% do total.

O bairro Antônio Bezerra, localizado na SER III, é o que mais teve casos confirmados da doença, 114 até agora. Em seguida, vêm os bairros João XXIII e Henrique Jorge, com 79 e 76 ocorrências, respectivamente. Já no Amadeu Furtado, apenas um caso de morador com a doença foi registrado pela Sesa. Os bairros Dom Lustosa e Parque Araxá tiveram quatro registros cada.

A Secretaria Executiva Regional IV (SER IV) teve, em sua área, 522 casos, o segundo maior número em toda a Capital. Somente no Barroso, foram 93 ocorrências. Em Messejana, foram encontrados 80 infectados e, no Jardim das Oliveiras, a Secretaria registrou 42 casos.

José de Alencar, Parque Iracema, São Bento e Sapiranga Coite não tiveram registros de dengue. Já Pedras, Coacu e Alto da Balança apresentaram apenas um infectado cada.

Os bairros que fazem parte da Secretaria Executiva Regional II (SER II) tiveram o menor número de casos confirmados. No Centro, foram 26 infectados, 20 no São João do Tauapé e 15 no Vicente Pinzón.

O empresário Augusto Eudes afirmou que, na rua onde ele trabalha, no bairro Antonio Bezerra, muitas pessoas já foram infectadas pela dengue. Com isso, todos acabam ficando com medo de adoecer. “Muitos conversam com a gente e falam que tiveram dengue ou conhecem alguém que teve. Assim, acabamos notando que o número de casos cresceu”, disse.

Segundo o coordenador do Distrito de Endemias da SER III, Sidrônio Ferreira, o grande número de casos na área da Regional se deve aos problemas de falta de água, abastecimento irregular, concentração grande de pessoas e a proximidade com o Rio Maranguapinho. “Dos 17 bairros da Regional, temos problemas de abastecimento em sete. Para ter água, os moradores têm que armazenar em algum recipiente. Isso gera a proliferação do mosquito da dengue”, explicou Ferreira.

Fonte: Diário do Nordeste


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