Hemoce tem pior fase em três anos

18 de setembro de 2012

A instituição vai estar na Praça do Ferreira, hoje e amanhã, das 8h às 16 h, com posto de coleta para receber doações

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce) atravessa, neste mês de setembro, a pior situação de estoque de bolsas de sangue em três anos. Ontem (17), o Centro só contava com 500 reservatórios, que serve ao mesmo número de pacientes, mas a necessidade é de 844 para atender os 168 hospitais públicos e ainda 126 hospitais privados com leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Ceará.

O problema é que as doações caíram muito desde o feriadão de 7 de setembro. Além da redução registrada durante os primeiros 16 dias deste mês em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 640 doações a menos, entre 2011 e 2012. A queda foi de 30%.

O tipo de sangue de maior necessidade é o A+, que só conta com 20 bolsas. Os de RH- também são os que mais estão em baixa porque o número de doadores com esse tipo de fator é bem menor. De acordo com a diretora do Hemoce, Luciana Barros Carlo, a quantidade de pessoas que doaram não acompanha o aumento da demanda e da expansão da rede de assistência à saúde do Ceará.

Para se ter uma ideia, em maio de 2012, o Hemoce recebeu o pedido de 10.902 transfusões e só recebeu 8.513 doadores. Quando as doações caem e a demanda se mantém, existe a dificuldade de abastecimento, segundo a diretora.

“Não é que agora eu não tenha nada para liberar para transfusão, mas a situação é preocupante em virtude dos próximos feriadões que estão por vir”, explica. Além disso, a expansão da rede, com novos hospitais, como o Regional do Cariri, em Juazeiro do Norte, a exigência de mais disponibilidade de sangue aumenta. Outro problema é que, nos meses de setembro e outubro, existe a dificuldade de mobilização das pessoas.

Solidariedade

Sobre as campanhas, Luciana revela que são realizadas com frequência. Hoje e amanhã, o Hemoce vai estar na Praça do Ferreira com posto de coleta, das 8 às 16h. “Como a doação é voluntária, só podemos contar com a solidariedade das pessoas. Se não conseguirmos reverter esse quadro, a população será prejudicada”, alerta.

O contador Paulo Ricardo Maia Rebouças é doador há 14 anos e de três em três meses repete o ato. Ele aconselha todo mundo a doar. “Uma única vez que vamos a um posto do Hemoce estamos ajudando, no mínimo, cinco pessoas”. A diretora diz que ainda existe muita desinformação. Paulo conta que tinha receio, mas viu que se trata de uma prática que salva vidas.

Mais informações:

Hemocentro: Av. José Bastos, 3390,Rodolfo Teófilo. Tel. (85) 3101.2296
IJF: Rua Barão do Rio Branco, 1816, Centro. Tel.: (85) 3101.5293

Fonte: Diário do Nordeste


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