Mamografia: exames crescem em mulheres de 50 a 69 anos
2 de outubro de 2012
Pouco mais de um milhão de exames foram realizados nos seis primeiros meses deste ano na população feminina de 50 a 69 anos
O número de mamografias realizadas por mulheres de 50 a 69 anos, na rede pública do País, cresceu 41% entre o primeiro semestre de 2010 e o mesmo período deste ano. A fim de atingir a meta estabelecida para 2014, no entanto, será preciso praticamente dobrar o número desses exames realizados no espaço de tempo de dois anos. Dados divulgados ontem pelo Ministério da Saúde, em Brasília, mostram que pouco mais de um milhão de exames foram realizados nos seis primeiros meses de 2012 em mulheres de 50 a 69 anos.
A faixa etária é considerada prioritária, pelo fato de a mamografia ser indicada de forma universal. No primeiro semestre de 2010, foram 726,9 mil na faixa. A meta é realizar 3,8 milhões de mamografias na faixa prioritária em todo o ano de 2014. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, citou a disparidade regional de acesso ao exame como gargalo a ser superado na área.
Enquanto o Estado de São Paulo registrou 306,6 mil exames na faixa 50 a 69 anos de janeiro a junho passados, a proporção de mamografias registradas foi consideravelmente mais baixa em estados como Acre, 1.346, e Roraima, 1.156. O Amapá aparece com 11 exames no período, dado a que o Ministério da Saúde atribui possível falha de registro.
Durante evento para marcar o “Outubro Rosa”, mês em que se discute o diagnóstico precoce do câncer de mama no mundo, o ministério divulgou um novo programa com o objetivo de aumentar a cobertura da mamografia. O Programa de Mamografia Móvel pretende nacionalizar projetos piloto já desenvolvidos por estados como Bahia e Rio de Janeiro, em que a proposta é fazer circular os exames de mamografia pelo território com menos acesso aos serviços de saúde.
Segundo Padilha, este mês vai ser aberto cadastro para que entidades públicas, filantrópicas e privadas se cadastrem a fim de receber os recursos. O ministro disse que o modelo de mobilidade pode variar a depender do projeto e da situação local. Também foram lançadas campanhas para a detecção precoce do câncer de mama, uma do Governo federal e uma da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Fenama), reunindo 57 entidades em apoio à saúde da mama. (das agências de notícias)
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
O câncer de mama é o segundo tipo de câncer que mais atinge as brasileiras. A estimativa é que, em 2012, cerca de 52 mil mulheres vão ter o diagnóstico dessa doença. A faixa prioritária para o exame é entre 50 e 69 anos.
Fonte: Folha de S. Paulo