Osteoporose: 60% das mulheres não se previnem

22 de outubro de 2012

Houve avanço quanto ao nível de informações da população com relação à doença, segundo a pesquisa

A pesquisa da Abrasso aponta que 70% das mulheres com mais de 45 anos desconhecem a necessidade de que a prevenção tenha início na infância e 96% associa a doença à dor, com isso fazem a prevenção tardiamente FOTO: AGÊNCIA BRASIL

Brasília Seis em cada dez brasileiras acreditam que apenas um copo de leite por dia é suficiente para prevenir a osteoporose, aponta pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso). Mas a quantidade necessária de consumo de leite e derivados, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é maior: tem que ser pelo menos três porções diárias.

O levantamento da Abrasso, que avalia o nível de informação da população sobre a doença, mostra que houve avanço no conhecimento sobre a osteoporose, mas as medidas de prevenção ainda não são adotadas como deveriam.

“Na comparação com uma pesquisa feita em 2007, o grau de consciência aumentou muito, considerando que apenas 30% conheciam a doença e as medidas de prevenção. Agora, 60% sabem do que se trata e como prevenir, mas isso ainda não foi transformado em atitudes”, avalia o diretor da Abrasso, Marcelo Pinheiro. Para essa pesquisa, encomendada ao Ibope, foram entrevistadas 2 mil pessoas em todas as regiões metropolitanas do país.

O estudo mostra que menos de 20% das mulheres com mais de 45 anos consomem as três porções de leite e derivados recomendadas diariamente. Entre as que têm menos de 45 anos, o percentual não chega a 10%.

O cálcio presente nesses alimentos previne a perda de massa óssea que caracteriza a osteoporose, conhecida como doença dos ossos porosos. Dentre as entrevistadas pela pesquisa, 72% das que têm mais de 45 anos são sedentárias.

A pesquisa da Abrasso aponta que 70% das mulheres com mais de 45 anos desconhecem a necessidade de que a prevenção tenha início na infância. Outro resultado que preocupa os especialistas é que quase a totalidade das entrevistadas, 96%, associa a doença à dor, fazendo com que muitas dessas mulheres façam exames diagnósticos tardiamente.

Apenas 39% das mulheres com mais de 45 anos lembram de ter feito o exame de densitometria óssea (aparelho que diagnostica a doença) alguma vez na vida. A maior parte dessas mulheres (89%) também não relaciona a menopausa como fator de risco para a osteoporose.

Prevenção

Dentre as medidas que seriam necessárias, a ampliação do acesso ao exame de densitometria óssea e uma melhor qualificação dos médicos para o diagnóstico precoce da doença são citados. Outro levantamento da Abrasso mostra que dos 1.717 equipamentos para o exame em funcionamento atualmente, apenas 367 estão Sistema Único de Saúde (SUS). Também há grande disparidade do ponto de vista regional, já que a maior parte dos aparelhos, 1.222 do total, está nas regiões Sul e Sudeste.

Fonte: Diário do Nordeste


Compartilhe:


Comentários:

Cadastre-se para receber novidades e notícias

Instagram

Facebook