Pesquisa mostra que o aleitamento materno exclusivo cresce no Brasil

2 de dezembro de 2011

Pesquisa realizada na Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo) mostra que o aleitamento materno exclusivo aumentou no Brasil e em outros países da América Latina e do Caribe entre as décadas de 1990 e 2000.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que, dos zero aos 6 meses de idade, todas as crianças se alimentem exclusivamente através do leite materno.

A análise englobou Brasil, Colômbia, Peru, Haiti e República Dominicana, e também foi feita segundo variáveis socioeconômicas e demográficas. Dos cinco países, apenas a República Dominicana apresentou uma diminuição na taxa de aleitamento materno (de 28,3% para 11,3%).

O aleitamento materno exclusivo no Brasil passou de 25,7% para 45% das crianças e, no Peru, de 53,7% para 65,8%. Os aumentos mais significativos ficaram com Colômbia (de 19,7% para 57,8%) e Haiti (de 5,3% para 40%).

O pesquisador observou que no Brasil, assim como na República Dominicana, a duração do aleitamento exclusivo caiu na área rural, região que concentra as parcelas mais pobres da população. As mães menos escolarizadas também tenderam a diminuir o tempo da amamentação, ao contrário das mais escolarizadas e mais ricas. De acordo com Bersot, esse fenômeno é conhecido como equidade inversa, pois houve um desempenho pior nas mães mais vulneráveis.

A respeito do Peru, o nutricionista explica que o país historicamente apresenta taxas elevadas de aleitamento, uma característica ligada à cultura de lá. Por conta disso, não há grande discrepância entre as duas décadas analisadas.

Meninas mamam mais

No Brasil, também há  diferenças significativas na duração do aleitamento conforme o sexo das crianças. As meninas mamam cerca de 40% a mais do que os meninos. Embora seu estudo não dê explicações para os fatos observados, o pesquisador levanta a hipótese dessa diferença estar associada à visão social da mulher como sexo frágil.

Fonte: Uol Notícias


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