Preços de medicamentos podem variar até 43% em Fortaleza

9 de julho de 2012

preços de medicamentosPesquisa direta realizada pelo Jornal em três grandes redes de farmácias atesta variação nos preços Comprar um xarope ou um simples analgésico e antitérmico pode não ser tão fácil quanto parece. Antes de encontrar o rótulo e seguir a dosagem especificada pelo médico, é preciso pesquisar em várias farmácias a fim de garantir também a saúde do bolso do consumidor Ao checar preços de dez medicamentos, dentre os mais procurados, em três grandes redes de lojas farmacêuticas da Capital cearense é possível encontrar até 43% de variação, resultando numa economia de até R$ 9,32, considerando a lista pesquisada. É o caso do Claritin Xarope, vendido a R$ 30,97 na Extrafarma e a R$ 21,65 na Pague Menos. A segunda maior variação, de 33%, ocorre com o envelope de Neosaldina contendo 4 comprimidos. A apresentação custa R$ 3,30 na Farmácia Dose Certa e R$ 2,48 na Pague Menos. O medicamento Voltaren de 50 mg contabilizou a terceira maior diferença (27,24%), saindo por R$ 22,65 na Dose Certa e por R$ 17,80 na Pague Menos. Outro medicamento muito usado, como a Novalgina gotas na versão de 20 ml, possuem variações superiores a 20%, quando pesquisado nas três farmácias. Negociação impacta De acordo com o presidente do Sincofarma-CE (Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Ceará), Antônio Félix, a diferença se deve a forma de negociação realizada entre cada laboratório e as respectivas redes de farmácia. Para conceder descontos às farmácias, ele afirma que os laboratórios levam em conta a quantidade adquirida e a fidelização de cada empresa ao fornecedor. “Na indústria (farmacêutica) cada produto tem um custo de fábrica e um preço de venda, geralmente com uma margem bruta de 30% (entre os respectivos valores). Quando o laboratório resolve, ele dá o desconto aquela farmácia e ela decide quanto repassa ao consumidor. Antes as farmácias ficavam com toda essa ´gordura´, mas hoje com o aumento da competitividade, elas estão repassando para o consumidor final. O problema é que quem não recebe desconto não pode vender mais barato”, argumenta. Todos os medicamentos pesquisados apresentaram variação, a partir de 7,4%, nos valores comercializados. Independentemente da diferença percentual ou em dinheiro, o levantamento comprova que vale a pena continuar pesquisando sempre antes de comprar. Sindusfarma quer apoio do Confaz para reduzir ICMS O peso da carga tributária sobre o preço final dos medicamentos no Brasil representa aproximadamente 33,9%, sendo que mais da metade ou 17,34% (média nacional) corresponde a fatia do ICMS (Impostos Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços). Traduzindo em reais, significa que a cada R$ 100,00 desembolsado pelo consumidor para comprar um remédio, R$ 33,90 é de imposto. Desse total, R$ 17,34 em média vai diretamente para os cofres do Estado, por meio da tributação de ICMS. Estudo Os dados são do estudo ´Redução do ICMS sobre Medicamentos´ desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) por solicitação do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma). O documento faz uma análise aprofundada da questão e propõe a redução e a unificação da alíquota de ICMS em todo o País da média dos 18% para 12%. Para a entidade, a unificação e redução do ICMS em todos os estados brasileiros “é o caminho mais simples e rápido para, entre outros benefícios, ampliar o acesso da população a um bem essencial para o bem estar individual e coletivo e para desonerar o sistema público de saúde”. “Basta que os secretários estaduais reunidos no Confaz firmem um convênio nesse sentido”, recomenda o vice-presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Augusto Mussolini. Fonte: Diário do Nordeste


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