Problemas auditivos em idosos comprometem qualidade de vida
25 de Abril de 2016
A perda auditiva está entre os problemas mais comuns que acomete a população da terceira idade. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o problema acomente um terço da população acima de 65 anos e metade daqueles com mais de 75 anos. Para especialistas, é importante que o idoso procure ajuda assim que perceber que não está ouvindo bem, pois quanto antes for diagnosticada a deficiência auditiva, menores serão as consequências do problema.
De acordo com a fonoaudióloga Andréa Abrahão, apesar de a perda auditiva ser uma consequência natural que a população idosa enfrenta, existem alguns fatores que podem contribuir para o agravamento do problema e dificultar o tratamento. “Quem protela o transtorno fica mais exposto a doenças secundárias, como a depressão, e se priva de manter uma convivência plena com as pessoas, o que seria facilmente resolvido através da reabilitação auditiva”.
Depressão
Existe uma relação entre perda auditiva não tratada e problemas de saúde física, emocional e mental, segundo estudo com idosos realizado pela Universidade Johns Hopkins (EUA). Entre os idosos com perda auditiva não tratada, 32% haviam sido hospitalizados, 36% tinham uma probabilidade maior de sofrer danos nos próximos dez anos e 57% estavam mais suscetíveis a sofrer depressão.
“O fato do idoso não conseguir ouvir bem faz com que se isole para não correr o risco de passar por situações constrangedoras. Este tipo de comportamento torna-se uma rotina e pode ter como consequência a depressão”, diz Andréa.
O apoio dos amigos e familiares é extremamente importante, pois motiva a procura por ajuda médica e o inicio do tratamento. “Graças ao avanço da medicina e da tecnologia, hoje é possível uma pessoa com mais de 60 anos ter uma qualidade de vida excelente. Basta consultar um especialista e estar disposta a receber o tratamento mais adequado”.
Fonte: Vida/Diário do Nordeste.