Profissionais debatem em Fortaleza implicações da dengue

2 de setembro de 2013

Dengue1Doença grave e ainda motivo de bastante preocupação, a dengue foi um dos temas debatidos, neste domingo (1º), no XVIII Congresso Brasileiro de Infectologia, realizado, em Fortaleza, até o dia 4 de setembro. O evento, promovido pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), reúne especialistas de diferentes Estados do País e do exterior a fim de discutirem patologias diversas como Aids e hepatites.

Roberto da Justa, infectologista e diretor geral do Hospital São José, é um dos participantes do encontro. O médico confirma a dengue como uma doença que precisa de atenção por parte de toda a sociedade.

“Por enquanto, entendo que nós estamos agindo no combate ao vetor transmissor do problema, o mosquito Aedes aegypti. No entanto, precisamos agir também em outras frentes como na melhoria da qualidade de vida das pessoas, oferecendo por exemplo saneamento básico a todos”, reflete o médico.

Os números revelados, nesta sexta-feira pelo último boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa) confirma a preocupação entorno da doença. Somente em 2013, no Ceará, conforme o levantamento apresentado, já foram notificados 44.037 casos de dengue em todos os 184 municípios. Destes, 17.819 casos obtiveram resultados positivos em 151 cidades.

Neste cenário, destacam-se as cidades de Fortaleza e Maracanaú, com um total de 6.370 e 1.306 (7,3%) ocorrências confirmadas, respectivamente. Devido à doença, o Estado registra 31 óbitos, sendo 13mortes somente na Capital.

Pesquisas

Para Roberto da Justa, a tendência é que a sociedade passe a conviver com a dengue durante muitos anos, mas pode estar nas pesquisas cujo objetivo é o desenvolvimento de pesquisas e a prevenção contra a patologia. “Esperamos que a partir das discussões realizadas neste Congresso surjam encaminhamentos e quem sabe soluções para a dengue assim como para tantas outras doenças”.

O especialista explica que o processo de criação de vacinas contra a dengue é complexo, tendo em vista que o composto deve abranger o combate aos quatro sorotipos circulantes atualmente no Brasil, destes ele destaca o dois como o mais agressivo. “Contamos com alguns estudos já em fase avançada. Acredito que, possivelmente, teremos em mãos até 2016 uma vacina para combater o problema”.

Melissa Medeiros, presidente da Sociedade Cearense de Infectologia, também enfatiza a importância de pesquisas e discussões científicas para o controle efetivo da dengue. “Eventos como este enriquecem a troca de conhecimentos. Médicos locais se atualizam sobre tratamentos e abordagens de várias doenças, inclusive a dengue, ainda uma realidade em nosso Estado”, ressaltou a profissional.

Fonte: Diário do Nordeste.

 


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