Quatro pacientes com suspeita de gripe A são internados

16 de Março de 2012

São duas grávidas, uma idosa e um homem obeso. Todos vem sendo tratados, mas ainda aguardam o resultado dos exames. As três mulheres, internadas na Meac, estão sendo mantidas no isolamento

Mais duas mulheres grávidas, com 17 e 26 anos, e uma senhora de 59 anos, que deu entrada apresentando coriza, dispneia e febre, estão na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (Meac), com suspeita de estarem com gripe A (H1N1). Além delas, um homem de 48 anos, considerado obeso, foi recebido na última quarta-feira, 14, no Hospital São José, apresentando quadro sintomático compatível com a doença.

De acordo com o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), Manoel Fonseca, já foram coletados materiais para exames dos quatro novos pacientes, que são todos de Fortaleza. Tudo foi encaminhado ao laboratório para a confirmação ou não do diagnóstico. O diretor da Meac, Carlos Augusto Alencar Júnior, explica que as três mulheres estão sendo mantidas no isolamento, mas diz que a evolução do quadro clínico delas é muito boa. Segundo ele, o resultado do exame precisa ser aguardado.

Quanto ao paciente que está no Hospital São José, o diretor da unidade, o médico infectologista Anastácio Queiroz, afirma ser um homem que apresenta sobrepeso, além de ter problemas com tabagismo, fatores que ele lembra serem de risco para a enfermidade.

UTI

Ainda continua internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Maternidade-Escola, onde é mantida sedada e respirando com ajuda de aparelhos, a paciente M. S., de 21 anos, que foi internada em estado grave na semana passada e teve o diagnóstico de gripe A confirmado.

Ela veio do município de Beberibe. Estava grávida e foi submetida a uma cesariana antecipada para salvar a vida do bebê. A criança está na UTI neonatal e passa bem. Segundo Adriana Silva de Souza, que é afilhada de M. S., ela vem evoluindo bem ao tratamento.

Adriana disse que todas as manhãs visita a madrinha. Em relação ao bebê, ela afirma que ele só espera ganhar peso para ir para casa. Manoel Fonseca e Carlos Augusto confirmam a situação de saúde estável de M. S., dizendo que ela evolui para a recuperação, desde que não seja acometida por alguma outra infecção.

Os sintomas da gripe A (H1N1) lembram os da gripe comum. A pessoa afetada pode apresentar um início abrupto de febre alta, associado à tosse, dores musculares e nas articulações (juntas), dor de cabeça, prostração, coriza, garganta inflamada, calafrios, dispneia e, às vezes, vômitos e diarreia.

Para o infectologista Ivo Castelo Branco, a disseminação da gripe A (H1N1) poderia ter sido evitada se tivesse havido a vacinação no município de Pedra Branca, quando ocorreu um surto da doença em 2011. “Não foi tomada essa providência naquela época e nesse momento não existe vacina”, disse, comentando que a vacinação precisaria ser antecipada por aqui em função do período de chuvas.

O especialista destaca que isso exigiria uma mudança na estratégia de distribuição das vacinas pelo Governo Federal. “Como são poucas as pessoas (infectadas até o momento), dá para fazer o bloqueio com medicamentos”. Na última terça-feira, 13, o Ceará registrou a primeira morte deste ano por gripe A. Ezi Costa Figueiredo, 27, morreu após parada cardíaca. Ela estava internada na Meac.

ENTENDA A NOTÍCIA

Dois casos da gripe A (H1N1) foram confirmados no Ceará este ano e atingiram mulheres grávidas. Uma delas morreu e outra continua internada. Quatro pacientes com sintomas da doença ainda aguardam o diagnóstico.

Saiba mais

1) A Influenza A é uma doença respiratória causada pelo vírus H1N1. A transmissão é de pessoa a pessoa, principalmente por meio de tosse, espirro ou de secreções respiratórias de pessoas infectadas.

2) O período de transmissão da doença é diferente entre adultos e crianças. Nos adultos, o período é de sete dias após o aparecimento dos sintomas, enquanto em crianças este período vai de dois dias antes até 14 dias depois do início dos sintomas.

3) Normalmente, a doença não é grave. O quadro pode se agravar quando ocorre em pessoas de risco: grávidas, obesos, crianças, idosos e pessoas com doenças graves ou crônicas (cardiopatia, diabetes, nefropatias).

4) É fundamental que ao tossir ou espirrar, a pessoa cubra o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável. Evite locais com aglomeração de pessoas e contato direto com doentes.

5) Não compartilhe alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal. Evite tocar olhos, nariz ou boca. Lave as mãos frequentemente.

Fonte: Jornal O Povo


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