Rápido atendimento após infarto diminui o risco de danos ao coração

4 de setembro de 2013

Infarto2O coração não para de trabalhar um segundo e, para suprir as necessidades do corpo em repouso, precisa bombear em média de 5 a 6 litros de sangue por minuto. No entanto, em uma pessoa normal, ele pode bombear até 20 litros de sangue por minuto e, em caso de atletas, que têm o músculo cardíaco mais forte, por exemplo, essa quantidade pode subir para 25 litros.

Se a pessoa perde parte dessa musculatura, como num infarto, por exemplo, o coração continuará suprindo essa necessidade do organismo, mas em uma situação que exigir maior demanda de oxigênio, como uma forte emoção ou durante a atividade física, por exemplo, não vai conseguir funcionar bem porque terá perdido a “reserva” – o que pode gerar um cansaço excessivo ou até mesmo uma parada cardíaca. Essa sequela no coração pode ser ainda maior se houver demora no atendimento ao paciente com infarto.

O cardiologista Fábio Jatene explica que o coração pode perder em média 1 terço de seu músculo – para evitar danos maiores, o ideal é que ele seja atendido o quanto antes. Se o atendimento for em até 60 ou 90 minutos, boa parte dessa musculatura pode ser recuperada; se demorar mais de 6 horas no atendimento, as células perdidas já não podem mais se regenerar.

Depois da morte dessas células musculares, o músculo cardíaco sofre uma cicatrização e um processo de fibrose muscular, como mostrou o cardiologista. Esse processo pode prejudicar a elasticidade do músculo, diminuindo a capacidade de bombeamento do sangue. Por isso, é extremamente importante o rápido atendimento ao paciente aos primeiros sinais de infarto, para evitar essas consequências.

O primeiro sinal de infarto é o que os médicos chamam de isquemia, ou seja, falta de sangue. Isso acontece quando há um estreitamento das artérias ou alguma obstrução que impede o aumento do fluxo sanguíneo em situações em que há maior demanda de oxigênio, como por exemplo, durante a atividade física – nesse caso, o sangue começa a ter dificuldade para passar pelos vasos.

Entre os sintomas mais comuns da isquemia, estão dor e aperto no peito, sensação de aperto na base do pescoço, tontura e cansaço. Porém, existem casos em que a pessoa não sente nenhum sinal ou sente algo dificilmente relacionado a um infarto, como azia, por exemplo, como explicou o cardiologista Roberto Kalil.

Medicamentos vasodilatadores ou que afinam o sangue podem facilitar essa passagem sanguínea, mas existem casos em que a isquemia é definitiva e leva à obstrução total do vaso, o que faz a pessoa sofrer um infarto.

Fonte: Bem Estar.


Compartilhe:


Comentários:

Cadastre-se para receber novidades e notícias

Instagram

Facebook