Rede nacional vai apoiar criação de medicamentos anticâncer

4 de Janeiro de 2012

RemédiosO Brasil começará neste ano a fazer um mapeamento de instituições de pesquisa oncológica e de moléculas já identificadas por cientistas que tenham potencial como arma contra o câncer.
A ideia é encontrar candidatos para receber apoio técnico e financeiro do governo, com o objetivo de melhorar tratamentos e diminuir a dependência das importações na área no futuro.
A iniciativa é o ponto de partida da Redefac (Rede Nacional de Desenvolvimento e Inovação de Fármacos Anticâncer), criada para fomentar o desenvolvimento de drogas oncológicas no país.
Após o mapeamento, que tem previsão de durar até um ano, um comitê avaliará o potencial científico e de mercado das substâncias identificadas. As mais promissoras passarão a receber apoio direto do governo.
Ajuda da Indústria
A ajuda pode vir por meio da articulação com outros centros com expertise para tocar as etapas seguintes da pesquisa, do financiamento de estudos e registros de patente e da costura de acordos com a indústria farmacêutica, principalmente na fase de pesquisa clínica, quando o candidato a medicamento é testado em seres humanos.
“A etapa clínica é uma fase com custo muito alto”, diz o coordenador de pesquisa clínica do Inca (Instituto Nacional de Câncer), Carlos Gil Ferreira, responsável pela operacionalização da rede. “Mundialmente, a tendência é que os governos dividam os riscos, e também os lucros, com a iniciativa privada. O plano é trazer esse modelo para o país”, afirma Ferreira.
Segundo ele, ao vender a patente para o setor privado, a rede irá acertar formas de acesso facilitado à nova droga. “Não faria sentido fazer todo esse esforço se o acesso ao remédio não fosse garantido”, afirma.
Fonte: Folha.com


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